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O IMPÁCTO DA REVISÃO DA NORMA ISO 9001 NO MERCADO BRASILEIRO ATUAL

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Em setembro de 2015, houve a revisão da norma ISO 9001, aqui faremos um overview sobre o impacto que essas mudanças poderão a vir causar.

O mercado brasileiro apresenta diversas formas de gerenciamento, grande parte devido a forma como sua carga tributária é realizada, mas também, pela forma individual e criatividade dos gestores de cada companhia que o compõe. Temos desde uma pequena empresa familiar até grandes corporações com seus procedimentos e regras a serem seguidas.

Adaptadas a cada mercado, a normatização, mais especificamente a ISO 9001, tem por objetivo garantir que esta individualidade, embora respeitada, tenha por objetivo, garantir capacidade de repetibilidade dos processos produtivos ou serviços oferecidos. Isso influencia na forma como os administradores tomam decisões em suas organizações, a fim de atender a determinados procedimentos ou requisitos.

Até setembro de 2015, a norma ISO 9001 possuía como versão oficial, a publicada em 2008, que trazia um foco processual e uma abordagem de gerenciamento também por processo e suas interações, ou seja, era focada nas relações internas e nos requisitos dos clientes, mas pouco se importava com riscos externos ao negócio em que era a aplicada em sí.

No Brasil a cultura massiva era baseada na realização pelo mínimo esforço, fazendo com que quase sempre se opte pela realização do mínimo e não do correto, sendo que muitas vezes a longo prazo, o mínimo traria poucos benefícios e em muitas vezes, riscos de grandes perdas para as companhias. Evidencia-se assim, pouca capacidade ou pouco interesse pelo planejamento de longo prazo, pela organização e pela gestão adequada de recursos oferecidos.

Una-se a isso ao fato de que por muitas vezes preconceito, falta de informação, ou limitações financeiras, os administradores preferem não optar por uma gestão de longo prazo, com a principal desculpa de que uma gestão como essa interfere em seus julgamentos, sendo que na verdade apenas os fazem sair de sua zona de conforto. Consequentemente com isso perdem oportunidades de mercado, mantendo o sistema de gestão apenas como requisito para permanecerem no mercado.

A versão da norma publicada em 2015, não trouxe apenas uma revisão terminológica, mas também de conceito.

O foco da norma agora é a sustentabilidade do negócio, com base na gestão de riscos, levando-se em consideração não apenas os processos internos e foco no cliente, mas também partes interessadas direta ou indiretamente, bem como a sociedade que a cerca.

Ou seja, a norma, traz um conceito de gerenciamento mais proativo.

Para atender a este requisito chave, é necessário um planejamento estratégico de longo prazo realizado de forma concisa e revisado periodicamente quanto a sua adequação, pensando em como a organização se encontra e onde ela quer estar anos após.

O desafio é conseguir prever todos, ou pelo menos o maior número de riscos possíveis não apenas ao processo produtivo ou a prestação de serviços, mas também considerar as ameaças do ambiente e ao mercado ao qual a organização está inserida, que pode passar desde um requisito realizado pela própria vizinhança, alguma particularidade do mercado, ou ainda alguma nova legislação a ser seguida. Também é necessário, criar medidas de controle, para sanar ou mitigar possíveis impactos causados por este tipo de interferência.

Isso fara com que o mercado tenha uma nova abordagem em seus processos. Será necessário que os administradores abram sua mente e comecem a pensar em como utilizar o sistema de atendimento a norma a seu favor. Também excluirá aqueles que não se adequarem a nova abordagem, os levando a uma ruína gradativa, devido a perda de competitividade.

Devido a atual crise nacional, muitos empresários têm receio de investirem em uma mudança de filosofia, porém é também uma ótima oportunidade de se destacar como pioneiro em conseguir domar essa adversidade, fazendo com que se aumente sua participação e representatividade no mercado.

O cenário, traz excelentes oportunidades, mas também grandes desafios, caberá aos administradores de cada companhia, bem como a consultores de negócios, o desafio de identificar e administrar essas oportunidades de maneira eficiente e lucrativa.

Redigido por William da Silva
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